O milagre das nove costelas e um coração
Era Janeiro, um ano novo começava. Dizem que a contagem dos anos existe para nos fazer encerrar um ciclo que termina, e abrir caminho para o novo que se inicia, também sem avisar. Para mim, aquele ano trouxe mudanças profundas que carrego comigo até os dias de hoje. Mudanças na alma; mudanças de vida.
Naquele tempo, troquei de trabalho, mudei cidade e país. Longe de casa, parti em busca de me encontrar e acabei por novamente me perdendo; de mim mesmo, de Deus e do mundo. Meu pai, agradecido pela oportunidade que a vida me houvera concedido, viajou de moto até Aparecida do Norte para agradecer as portas que a mim, Deus havia preparado. No caminho, um acidente na estrada e tudo mudou.
Pronto-atendimento, hospital e pronto-socorro; tudo estava bem. Radiografia que apontava pequena lesão, nada grava fez meu pai seguir direto para casa, pequeno repouso para tratar escoriações superficiais. Eu de longe, acompanhava preocupado o acontecido, e sentia-me culpado por ter decidido partir. Pensava eu: - Se não tivesse ido, meu pai não teria viajado para agradecer por meu destino, e assim muito menos teria se acidentado. O tempo passou.
Uma semana, pouca melhora e retorno ao hospital. As escoriações na verdade escondiam as 9 costelas quebradas, isso é bastante para qualquer pessoa, considerando que possuímos 12 unidades ao todo - 75% das costelas haviam sido prejudicadas. Cirurgia marcada, minha apreensão aumentava a cada minuto.
Naquela noite, uma ligação em desespero me fez perder o sono. Ouvi minha irmã dizer: - Passaram correndo aqui com nosso pai, não sei o que aconteceu. Tentava eu compreender a situação, fazendo-me forte mas com muito medo, e o coração na mão.
Por falar em coração, fora ele quem resolveu parar de bater justo naquele momento de tensão. Na mesa de cirurgia para consertar as costelas fora de posição, um ataque-cardíaco acometeu meu pai e após a insistência dos médicos e a misericórdia de Deus, o paciente fora reanimado em um laudo que dizia: "recuperado de morte súbita."
As costelas tornaram-se então problema secundário, um mês desacordado na UTI meu pai travou sua maior batalha pela vida, enquanto a família unia-se em vigília constante de oração. Orávamos juntos pelo telefone; e também cada um em seu interior. Foram tempos difíceis; e meu arrependimento por ter contribuído indiretamente para aquele acidente consumia-me mais, enquanto os joelhos com muito mais frequência dobravam-se ao chão.
Pedi a graça para inúmeros Anjos e Santos, pedi pela interseção do Padre Wagner; a quem pude em vida conhecer e senti-me tocado em oração. Alta da UTI, meu pai voltava para casa e o médico dizia mostrando o estetoscópio em suas mãos: "Você é um milagre, eu por formação e esse instrumento que carrego comigo a todo momento, não sei explicar como você sobreviveu, de onde vem a vida que bate em seu coração." Porém sabia eu, foi a misericórdia de Jesus Cristo, nosso Deus - meu pai é um milagre que pude testemunhar, é a graça divida e prova viva de Deus.
Relembrando desses dias percebo que o entupimento das veias já estava presente, antes mesmo do acidente de moto e das costelas fraturadas. O infarto aconteceu na mesa de cirurgia, com os médicos e toda infra-estrutura presentes e prontos para ação. As coisas não acontecem em nosso tempo, é o tempo de Deus que diz quando e como devem ser; desde a hora da chegada até a hora da partida.
Decidi caminhar até Aparecida do Norte para agradecer o milagre do meu pai; decidi mudar de vida. Reaproximando-me de Deus, compartinho essa história - dividido a quem quer que possa ler pois a Deus agradeço pelo dom da vida; e ao Padre Wagner, todos os Anjos e Santos do Senhor pela graça recebida. Agradeço por cada nova batida daquele coração que foi bravo e resistiu, lutou por com toda força pelo amor da sua família. Agradeço a pessoa que tornei-me após o ocorrido, tudo transformou-se mesmo sem entender ou explicar o caminho que fora percorrido. Se o infarto muda toda uma vida, hoje tenho para mim também a certeza de que pode reascender a fé a já muito esquecida.
Saiba que Deus está presente a todo momento, desde a brisa forte que desprende a folha da árvore e a conduz para seu próximo destino, até sua leitura que chega a esse ponto de partida, final do texto e início de uma nova vida.
Agradecimento especial: Dedico esse texto a você, Pepey.
A seguir, oração a nossa senhora Aparecida na voz do padre Wagner. Ouça com fé, nas palavras do próprio padre Wagner - você que lê esse texto, é sinal de Deus para os outros. Sinal de fé e esperança.
Era Janeiro, um ano novo começava. Dizem que a contagem dos anos existe para nos fazer encerrar um ciclo que termina, e abrir caminho para o novo que se inicia, também sem avisar. Para mim, aquele ano trouxe mudanças profundas que carrego comigo até os dias de hoje. Mudanças na alma; mudanças de vida.
Naquele tempo, troquei de trabalho, mudei cidade e país. Longe de casa, parti em busca de me encontrar e acabei por novamente me perdendo; de mim mesmo, de Deus e do mundo. Meu pai, agradecido pela oportunidade que a vida me houvera concedido, viajou de moto até Aparecida do Norte para agradecer as portas que a mim, Deus havia preparado. No caminho, um acidente na estrada e tudo mudou.
Pronto-atendimento, hospital e pronto-socorro; tudo estava bem. Radiografia que apontava pequena lesão, nada grava fez meu pai seguir direto para casa, pequeno repouso para tratar escoriações superficiais. Eu de longe, acompanhava preocupado o acontecido, e sentia-me culpado por ter decidido partir. Pensava eu: - Se não tivesse ido, meu pai não teria viajado para agradecer por meu destino, e assim muito menos teria se acidentado. O tempo passou.
Uma semana, pouca melhora e retorno ao hospital. As escoriações na verdade escondiam as 9 costelas quebradas, isso é bastante para qualquer pessoa, considerando que possuímos 12 unidades ao todo - 75% das costelas haviam sido prejudicadas. Cirurgia marcada, minha apreensão aumentava a cada minuto.
Naquela noite, uma ligação em desespero me fez perder o sono. Ouvi minha irmã dizer: - Passaram correndo aqui com nosso pai, não sei o que aconteceu. Tentava eu compreender a situação, fazendo-me forte mas com muito medo, e o coração na mão.
Por falar em coração, fora ele quem resolveu parar de bater justo naquele momento de tensão. Na mesa de cirurgia para consertar as costelas fora de posição, um ataque-cardíaco acometeu meu pai e após a insistência dos médicos e a misericórdia de Deus, o paciente fora reanimado em um laudo que dizia: "recuperado de morte súbita."
As costelas tornaram-se então problema secundário, um mês desacordado na UTI meu pai travou sua maior batalha pela vida, enquanto a família unia-se em vigília constante de oração. Orávamos juntos pelo telefone; e também cada um em seu interior. Foram tempos difíceis; e meu arrependimento por ter contribuído indiretamente para aquele acidente consumia-me mais, enquanto os joelhos com muito mais frequência dobravam-se ao chão.
Pedi a graça para inúmeros Anjos e Santos, pedi pela interseção do Padre Wagner; a quem pude em vida conhecer e senti-me tocado em oração. Alta da UTI, meu pai voltava para casa e o médico dizia mostrando o estetoscópio em suas mãos: "Você é um milagre, eu por formação e esse instrumento que carrego comigo a todo momento, não sei explicar como você sobreviveu, de onde vem a vida que bate em seu coração." Porém sabia eu, foi a misericórdia de Jesus Cristo, nosso Deus - meu pai é um milagre que pude testemunhar, é a graça divida e prova viva de Deus.
Relembrando desses dias percebo que o entupimento das veias já estava presente, antes mesmo do acidente de moto e das costelas fraturadas. O infarto aconteceu na mesa de cirurgia, com os médicos e toda infra-estrutura presentes e prontos para ação. As coisas não acontecem em nosso tempo, é o tempo de Deus que diz quando e como devem ser; desde a hora da chegada até a hora da partida.
Decidi caminhar até Aparecida do Norte para agradecer o milagre do meu pai; decidi mudar de vida. Reaproximando-me de Deus, compartinho essa história - dividido a quem quer que possa ler pois a Deus agradeço pelo dom da vida; e ao Padre Wagner, todos os Anjos e Santos do Senhor pela graça recebida. Agradeço por cada nova batida daquele coração que foi bravo e resistiu, lutou por com toda força pelo amor da sua família. Agradeço a pessoa que tornei-me após o ocorrido, tudo transformou-se mesmo sem entender ou explicar o caminho que fora percorrido. Se o infarto muda toda uma vida, hoje tenho para mim também a certeza de que pode reascender a fé a já muito esquecida.
Saiba que Deus está presente a todo momento, desde a brisa forte que desprende a folha da árvore e a conduz para seu próximo destino, até sua leitura que chega a esse ponto de partida, final do texto e início de uma nova vida.
Agradecimento especial: Dedico esse texto a você, Pepey.
Naquele tempo, troquei de trabalho, mudei cidade e país. Longe de casa, parti em busca de me encontrar e acabei por novamente me perdendo; de mim mesmo, de Deus e do mundo. Meu pai, agradecido pela oportunidade que a vida me houvera concedido, viajou de moto até Aparecida do Norte para agradecer as portas que a mim, Deus havia preparado. No caminho, um acidente na estrada e tudo mudou.
Pronto-atendimento, hospital e pronto-socorro; tudo estava bem. Radiografia que apontava pequena lesão, nada grava fez meu pai seguir direto para casa, pequeno repouso para tratar escoriações superficiais. Eu de longe, acompanhava preocupado o acontecido, e sentia-me culpado por ter decidido partir. Pensava eu: - Se não tivesse ido, meu pai não teria viajado para agradecer por meu destino, e assim muito menos teria se acidentado. O tempo passou.
Uma semana, pouca melhora e retorno ao hospital. As escoriações na verdade escondiam as 9 costelas quebradas, isso é bastante para qualquer pessoa, considerando que possuímos 12 unidades ao todo - 75% das costelas haviam sido prejudicadas. Cirurgia marcada, minha apreensão aumentava a cada minuto.
Naquela noite, uma ligação em desespero me fez perder o sono. Ouvi minha irmã dizer: - Passaram correndo aqui com nosso pai, não sei o que aconteceu. Tentava eu compreender a situação, fazendo-me forte mas com muito medo, e o coração na mão.
Por falar em coração, fora ele quem resolveu parar de bater justo naquele momento de tensão. Na mesa de cirurgia para consertar as costelas fora de posição, um ataque-cardíaco acometeu meu pai e após a insistência dos médicos e a misericórdia de Deus, o paciente fora reanimado em um laudo que dizia: "recuperado de morte súbita."
As costelas tornaram-se então problema secundário, um mês desacordado na UTI meu pai travou sua maior batalha pela vida, enquanto a família unia-se em vigília constante de oração. Orávamos juntos pelo telefone; e também cada um em seu interior. Foram tempos difíceis; e meu arrependimento por ter contribuído indiretamente para aquele acidente consumia-me mais, enquanto os joelhos com muito mais frequência dobravam-se ao chão.
Pedi a graça para inúmeros Anjos e Santos, pedi pela interseção do Padre Wagner; a quem pude em vida conhecer e senti-me tocado em oração. Alta da UTI, meu pai voltava para casa e o médico dizia mostrando o estetoscópio em suas mãos: "Você é um milagre, eu por formação e esse instrumento que carrego comigo a todo momento, não sei explicar como você sobreviveu, de onde vem a vida que bate em seu coração." Porém sabia eu, foi a misericórdia de Jesus Cristo, nosso Deus - meu pai é um milagre que pude testemunhar, é a graça divida e prova viva de Deus.
Relembrando desses dias percebo que o entupimento das veias já estava presente, antes mesmo do acidente de moto e das costelas fraturadas. O infarto aconteceu na mesa de cirurgia, com os médicos e toda infra-estrutura presentes e prontos para ação. As coisas não acontecem em nosso tempo, é o tempo de Deus que diz quando e como devem ser; desde a hora da chegada até a hora da partida.
Decidi caminhar até Aparecida do Norte para agradecer o milagre do meu pai; decidi mudar de vida. Reaproximando-me de Deus, compartinho essa história - dividido a quem quer que possa ler pois a Deus agradeço pelo dom da vida; e ao Padre Wagner, todos os Anjos e Santos do Senhor pela graça recebida. Agradeço por cada nova batida daquele coração que foi bravo e resistiu, lutou por com toda força pelo amor da sua família. Agradeço a pessoa que tornei-me após o ocorrido, tudo transformou-se mesmo sem entender ou explicar o caminho que fora percorrido. Se o infarto muda toda uma vida, hoje tenho para mim também a certeza de que pode reascender a fé a já muito esquecida.
Saiba que Deus está presente a todo momento, desde a brisa forte que desprende a folha da árvore e a conduz para seu próximo destino, até sua leitura que chega a esse ponto de partida, final do texto e início de uma nova vida.
Agradecimento especial: Dedico esse texto a você, Pepey.
A seguir, oração a nossa senhora Aparecida na voz do padre Wagner. Ouça com fé, nas palavras do próprio padre Wagner - você que lê esse texto, é sinal de Deus para os outros. Sinal de fé e esperança.
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