Fiéis prestam a última homenagem e se despedem do 'padre sertanejo' da paróquia São Benedito
O velório e o enterro do padre Wagner Rodolfo da Silva, 35 anos, de São José dos Campos, comoveu ontem de manhã a população e mobilizou pelo menos 8.000 pessoas. Fiéis enfrentaram filas de mais de duas horas para ver rapidamente o caixão, andaram quatro quilômetros durante o cortejo até o centro da cidade e subiram em árvores e túmulos para tentar assistir ao enterro.
Padre Wagner foi encontrado morto --enforcado e degolado-- na quinta-feira às 8h em uma estrada na zona rural de Santa Isabel. Ele e o padre Manoel Serafim de Lima, 39 anos, estavam desaparecidos desde a terça-feira à noite, quando teriam sido vítimas de um assalto. Padre Manoel foi esfaqueado mas passa bem.
O corpo do padre Wagner foi levado ontem da Paróquia São Benedito, no bairro Alto da Ponte, zona norte, onde foi velado, até o cemitério do centro, em um caminhão do Corpo de Bombeiros. Só de coroas de flores, foram enviadas cerca de 60, que foram colocadas no caminhão.
O trajeto de quatro quilômetros entre a paróquia, na zona norte, e o cemitério, no centro, foi percorrido em uma hora e quarenta minutos por cerca de 2.000 pessoas a pé, além dos fiéis que foram de carro ou nos ônibus disponibilizados pela paróquia.
O cortejo iniciou às 9h40 e às 11h20 o caixão chegou ao cemitério. O corpo foi carregado por 10 padres até o local do sepultamento.
EMOÇÃO - Os momentos de forte emoção foram incontáveis, desde a chegada do corpo do padre Wagner na paróquia, na quinta à noite, até seu enterro. O choro era visto em quase todos os rostos presentes.
Na noite de anteontem, os fiéis já lotavam a igreja, querendo ver o padre para se despedir.
Apenas entre 2h e 5h de ontem, o movimento na paróquia foi tranquilo. Depois desse horário, as pessoas chegaram a ficar mais de duas horas na fila formada para passar dentro da igreja e próximo ao caixão.
A missa, iniciada às 8h, foi celebrada pelo bispo da Diocese de São José e presidente estadual da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Nelson Westrupp, com a participação de vários padres, como o bispo de Taubaté, dom Carmo João Rhoden, e dom Dimas Lara Barbosa, de São José, que é bispo-auxiliar da Diocese do Rio de Janeiro.
Dom Nelson elogiou no começo da missa o trabalho de padre Wagner, afirmando que ele atuava com "alegria contagiante". O bispo chegou a pedir perdão para os responsáveis pela morte do padre, baseando-se em passagem bíblica.
Ele e dom Dimas Lara pediram uma reação contra a violência por parte da sociedade. "A comunidade precisa se mobilizar e fazer um mutirão pela paz", disse dom Dimas.
Moradores ligados à igreja ou que conheciam o padre foram unânimes ao afirmar que o religioso cativou muita gente com sua alegria e dedicação à comunidade. A morte do padre chocou e entristeceu desde crianças, como os coroinhas que trabalhavam com ele na igreja, até idosos.
A admiração pelo padre era tão grande que alguns fiéis chegaram cedo ao cemitério para guardar um lugar próximo ao local do seu sepultamento.
MISSA - Fiéis de várias regiões da cidade se espremeram ontem na igreja para acompanhar a missa, que comoveu a todos presentes. Algumas pessoas, inclusive parentes do padre, chegaram a passar mal e até mesmo desmaiar durante a missa.
Próximo ao fim da celebração, um membro da comunidade interpretou a música "Canção da América", emocionando ainda mais os fiéis. O caixão foi levado por seis padres do altar até o caminhão de bombeiros, sob uma chuva de pétalas de flores e muitos aplausos.
Na entrada do cemitério, um grupo de pessoas cantava músicas católicas e ao redor do túmulo outro grupo rezava o terço. Durante todo o cortejo e o enterro, os sons das palmas e cânticos eram intercalados com o silêncio e o choro dos fiéis.
SEGURANÇA - Toda a operação ontem de manhã contou com o apoio de cerca de 100 homens, entre policiais militares, agentes de trânsito, guardas municipais e bombeiros.
O comandante da 1ª Companhia do 1º Batalhão da Polícia Militar, tenente Paulo Henrique Domingues, disse que o cortejo teve um quilômetro entre a primeira viatura da PM e o último ônibus.
Segundo ele, 8.000 pessoas passaram pela igreja, pelo cortejo e pelo cemitério. Deste total, 6.000 estavam na paróquia, sendo que 3.000 foram para o cemitério, onde já se encontravam mais 2.000 fiéis.
O velório e o enterro do padre Wagner Rodolfo da Silva, 35 anos, de São José dos Campos, comoveu ontem de manhã a população e mobilizou pelo menos 8.000 pessoas. Fiéis enfrentaram filas de mais de duas horas para ver rapidamente o caixão, andaram quatro quilômetros durante o cortejo até o centro da cidade e subiram em árvores e túmulos para tentar assistir ao enterro.
Padre Wagner foi encontrado morto --enforcado e degolado-- na quinta-feira às 8h em uma estrada na zona rural de Santa Isabel. Ele e o padre Manoel Serafim de Lima, 39 anos, estavam desaparecidos desde a terça-feira à noite, quando teriam sido vítimas de um assalto. Padre Manoel foi esfaqueado mas passa bem.
O corpo do padre Wagner foi levado ontem da Paróquia São Benedito, no bairro Alto da Ponte, zona norte, onde foi velado, até o cemitério do centro, em um caminhão do Corpo de Bombeiros. Só de coroas de flores, foram enviadas cerca de 60, que foram colocadas no caminhão.
O trajeto de quatro quilômetros entre a paróquia, na zona norte, e o cemitério, no centro, foi percorrido em uma hora e quarenta minutos por cerca de 2.000 pessoas a pé, além dos fiéis que foram de carro ou nos ônibus disponibilizados pela paróquia.
O cortejo iniciou às 9h40 e às 11h20 o caixão chegou ao cemitério. O corpo foi carregado por 10 padres até o local do sepultamento.
EMOÇÃO - Os momentos de forte emoção foram incontáveis, desde a chegada do corpo do padre Wagner na paróquia, na quinta à noite, até seu enterro. O choro era visto em quase todos os rostos presentes.
Na noite de anteontem, os fiéis já lotavam a igreja, querendo ver o padre para se despedir.
Apenas entre 2h e 5h de ontem, o movimento na paróquia foi tranquilo. Depois desse horário, as pessoas chegaram a ficar mais de duas horas na fila formada para passar dentro da igreja e próximo ao caixão.
A missa, iniciada às 8h, foi celebrada pelo bispo da Diocese de São José e presidente estadual da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Nelson Westrupp, com a participação de vários padres, como o bispo de Taubaté, dom Carmo João Rhoden, e dom Dimas Lara Barbosa, de São José, que é bispo-auxiliar da Diocese do Rio de Janeiro.
Dom Nelson elogiou no começo da missa o trabalho de padre Wagner, afirmando que ele atuava com "alegria contagiante". O bispo chegou a pedir perdão para os responsáveis pela morte do padre, baseando-se em passagem bíblica.
Ele e dom Dimas Lara pediram uma reação contra a violência por parte da sociedade. "A comunidade precisa se mobilizar e fazer um mutirão pela paz", disse dom Dimas.
Moradores ligados à igreja ou que conheciam o padre foram unânimes ao afirmar que o religioso cativou muita gente com sua alegria e dedicação à comunidade. A morte do padre chocou e entristeceu desde crianças, como os coroinhas que trabalhavam com ele na igreja, até idosos.
A admiração pelo padre era tão grande que alguns fiéis chegaram cedo ao cemitério para guardar um lugar próximo ao local do seu sepultamento.
MISSA - Fiéis de várias regiões da cidade se espremeram ontem na igreja para acompanhar a missa, que comoveu a todos presentes. Algumas pessoas, inclusive parentes do padre, chegaram a passar mal e até mesmo desmaiar durante a missa.
Próximo ao fim da celebração, um membro da comunidade interpretou a música "Canção da América", emocionando ainda mais os fiéis. O caixão foi levado por seis padres do altar até o caminhão de bombeiros, sob uma chuva de pétalas de flores e muitos aplausos.
Na entrada do cemitério, um grupo de pessoas cantava músicas católicas e ao redor do túmulo outro grupo rezava o terço. Durante todo o cortejo e o enterro, os sons das palmas e cânticos eram intercalados com o silêncio e o choro dos fiéis.
SEGURANÇA - Toda a operação ontem de manhã contou com o apoio de cerca de 100 homens, entre policiais militares, agentes de trânsito, guardas municipais e bombeiros.
O comandante da 1ª Companhia do 1º Batalhão da Polícia Militar, tenente Paulo Henrique Domingues, disse que o cortejo teve um quilômetro entre a primeira viatura da PM e o último ônibus.
Segundo ele, 8.000 pessoas passaram pela igreja, pelo cortejo e pelo cemitério. Deste total, 6.000 estavam na paróquia, sendo que 3.000 foram para o cemitério, onde já se encontravam mais 2.000 fiéis.
Padre Wagner foi encontrado morto --enforcado e degolado-- na quinta-feira às 8h em uma estrada na zona rural de Santa Isabel. Ele e o padre Manoel Serafim de Lima, 39 anos, estavam desaparecidos desde a terça-feira à noite, quando teriam sido vítimas de um assalto. Padre Manoel foi esfaqueado mas passa bem.
O corpo do padre Wagner foi levado ontem da Paróquia São Benedito, no bairro Alto da Ponte, zona norte, onde foi velado, até o cemitério do centro, em um caminhão do Corpo de Bombeiros. Só de coroas de flores, foram enviadas cerca de 60, que foram colocadas no caminhão.
O trajeto de quatro quilômetros entre a paróquia, na zona norte, e o cemitério, no centro, foi percorrido em uma hora e quarenta minutos por cerca de 2.000 pessoas a pé, além dos fiéis que foram de carro ou nos ônibus disponibilizados pela paróquia.
O cortejo iniciou às 9h40 e às 11h20 o caixão chegou ao cemitério. O corpo foi carregado por 10 padres até o local do sepultamento.
EMOÇÃO - Os momentos de forte emoção foram incontáveis, desde a chegada do corpo do padre Wagner na paróquia, na quinta à noite, até seu enterro. O choro era visto em quase todos os rostos presentes.
Na noite de anteontem, os fiéis já lotavam a igreja, querendo ver o padre para se despedir.
Apenas entre 2h e 5h de ontem, o movimento na paróquia foi tranquilo. Depois desse horário, as pessoas chegaram a ficar mais de duas horas na fila formada para passar dentro da igreja e próximo ao caixão.
A missa, iniciada às 8h, foi celebrada pelo bispo da Diocese de São José e presidente estadual da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Nelson Westrupp, com a participação de vários padres, como o bispo de Taubaté, dom Carmo João Rhoden, e dom Dimas Lara Barbosa, de São José, que é bispo-auxiliar da Diocese do Rio de Janeiro.
Dom Nelson elogiou no começo da missa o trabalho de padre Wagner, afirmando que ele atuava com "alegria contagiante". O bispo chegou a pedir perdão para os responsáveis pela morte do padre, baseando-se em passagem bíblica.
Ele e dom Dimas Lara pediram uma reação contra a violência por parte da sociedade. "A comunidade precisa se mobilizar e fazer um mutirão pela paz", disse dom Dimas.
Moradores ligados à igreja ou que conheciam o padre foram unânimes ao afirmar que o religioso cativou muita gente com sua alegria e dedicação à comunidade. A morte do padre chocou e entristeceu desde crianças, como os coroinhas que trabalhavam com ele na igreja, até idosos.
A admiração pelo padre era tão grande que alguns fiéis chegaram cedo ao cemitério para guardar um lugar próximo ao local do seu sepultamento.
MISSA - Fiéis de várias regiões da cidade se espremeram ontem na igreja para acompanhar a missa, que comoveu a todos presentes. Algumas pessoas, inclusive parentes do padre, chegaram a passar mal e até mesmo desmaiar durante a missa.
Próximo ao fim da celebração, um membro da comunidade interpretou a música "Canção da América", emocionando ainda mais os fiéis. O caixão foi levado por seis padres do altar até o caminhão de bombeiros, sob uma chuva de pétalas de flores e muitos aplausos.
Na entrada do cemitério, um grupo de pessoas cantava músicas católicas e ao redor do túmulo outro grupo rezava o terço. Durante todo o cortejo e o enterro, os sons das palmas e cânticos eram intercalados com o silêncio e o choro dos fiéis.
SEGURANÇA - Toda a operação ontem de manhã contou com o apoio de cerca de 100 homens, entre policiais militares, agentes de trânsito, guardas municipais e bombeiros.
O comandante da 1ª Companhia do 1º Batalhão da Polícia Militar, tenente Paulo Henrique Domingues, disse que o cortejo teve um quilômetro entre a primeira viatura da PM e o último ônibus.
Segundo ele, 8.000 pessoas passaram pela igreja, pelo cortejo e pelo cemitério. Deste total, 6.000 estavam na paróquia, sendo que 3.000 foram para o cemitério, onde já se encontravam mais 2.000 fiéis.
/Arquivo Valeparaibano.
/Arquivo Valeparaibano.
TEXTO: Estela Mari Vesaro e Patrícia Santos.
DATA: Sábado, 27 de Setembro de 2003.
TEXTO: Estela Mari Vesaro e Patrícia Santos.
DATA: Sábado, 27 de Setembro de 2003.
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